quinta-feira, 31 de outubro de 2019

A ESCOLA QUE TEMOS SERVE A SOCIEDADE QUE QUEREMOS?

JOSÉ PACHECO: "A ESCOLA QUE TEMOS SERVE A SOCIEDADE QUE QUEREMOS?"

José Pacheco começou exercer nos anos 70, chegando por esta altura, como professor de substituição, à Escola da Ponte. A sua função era ensinar uma turma de 60 alunos de todas as idades. É nestas condições que iniciou um processo de reflexão sobre a Escola, os alunos, os métodos de ensino. Porque ninguém trabalha sozinho, passou a reunir-se com duas colegas, uma vez por semana, para discutir. Com elas desenvolveu um projeto pedagógico. Aos poucos, as metodologias que iam definindo alastraram a toda a Escola. O processo de aprendizagem é um processo coletivo. Os alunos planeiam as suas próprias atividades e a organização do seu tempo; a aquisição e criação de conhecimento é parte de um processo de crescente autonomia e de responsabilização. Para José Pacheco, a educação “convencional” é ter crianças do século XXI com professores do século XX a trabalhar como no século XIX. Um modelo que não produz conhecimento, que põe os professores doentes e que cria analfabetos funcionais. Por contraponto, propõe uma Escola em que todos se reconhecem em objetivos comuns, em que não se obriga cada um, seja professor ou aluno, a ser igual a todos os outros. Uma escola que estimula a possibilidade de se existir como pessoa livre, consciente e criativa.
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Produção: João Martins
Pesquisa: Filipa Vala
Música: Mário Laginha
Ilustração: Vera Tavares



Como evitar as desvantagens de ser bom professor?

Como evitar as desvantagens de ser bom professor?

Desvantagens?! Mas há desvantagens em ser bom professor?
21.10.2019 AUTOR: LUDMILA NUNES

OUTRA ESCOLA




Série documental de 13 episódios, com autoria de Filipa Reis, João Miller Guerra e Maria Gil, Outra Escola é uma série documental que tem como premissa inicial a pergunta, como é que se aprende? O programa apresenta de forma caleidoscópica diversos projetos de ensino, focando-se na pluralidade de vários contextos de aprendizagem e na experiência da educação como um momento de transformação que pode ocorrer tanto dentro como fora da escola. Dá a conhecer diferentes lugares de aprendizagem, com diferentes modos de operar que guiam diferentes formas de aprender e de pensar a educação.
Um programa atento à dimensão singular de cada projeto apresentado e à especificidade das dinâmicas relacionais que nesses espaços acontecem. Partindo de uma abordagem imersiva, fazem-se perguntas e provocações, cruzando ferramentas de mapeamento com linguagens artísticas como o cinema, o teatro e as artes plásticas que provocam o pensamento e despoletam o agir.
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31/10/2019


Outra Escola

É o nome de uma série documental de 13 episódios que começou a ser transmitida esta semana na RTP2. Com autoria de Filipa Reis, João Miller Guerra e Maria Gil, Outra Escola vai imergir em diversos projetos educativos para tentar trazer à tona a resposta à pergunta mais difícil: como se aprende?

Uma das boas inovações deste documentário é permitir ouvir, além dos habituais especialistas, a voz dos alunos sobre os processos de aprendizagem a que estão sujeitos. Esta prática, pouco utilizada pelos ministérios da Educação, põe a um canto (e com orelhas de burro) aqueles que acham que o sistema de ensino é unidirecional e reduzem a interação com o corpo estudantil a questões disciplinares.
Por razões de atualidade, faço aqui um parênteses para denunciar o logro das respostas rápidas e fáceis para os problemas de indisciplina ou conflitos no espaço escolar. A tentativa de nos convencer de que a solução passa pela criminalização precoce de determinados jovens, bem ao jeito conservador, só serve o elitismo de quem nunca se conformou com a entrada de pobres nas mesmas escolas dos ricos.
Mas voltando ao documentário, o primeiro episódio termina com um grupo de alunos numa sala de aula da Escola Secundária de Camões a lançar algumas perguntas:
“Porque temos um programa tão extenso para o tempo de aulas?
Porque avaliam o decorar e não o saber?
Porque duram as aulas tanto tempo?
Porque tem cada turma tantos alunos?
Porque é que só as notas contam para entrar para a universidade?
Porque são as minhas avaliações só à base de testes?
Porque é que os professores não sabem pôr-se no lugar dos alunos?
Porque estão as férias tão mal distribuídas?”
É verdade que estas questões não esgotam a visão caleidoscópica a que se propõe a reflexão sobre como se aprende em Portugal. Ainda assim, é muito difícil não reconhecer nelas alguns dos temas que têm motivado maior debate na comunidade educativa, alguns deles provocados até por entidades externas, como a OCDE.
Qualquer pessoa que acompanhe a área reconhece a pertinência daquelas perguntas. E é por isso que quando olhamos para o programa de Governo apresentado pelo PS é irresistível ir à procura das respostas. Só que, lamentando ser spoiler de um debate que ainda não terminou, deixem-me adiantar que elas não estão lá.
É verdade que o programa refere uma maior capacidade de intervenção precoce em numeracia e literacia. Mas sobre a inclusão da primeira infância no sistema educativo, nada diz. Continua a ver as creches como resposta social e promete um “cheque-creche” a partir do segundo filho, que assim passa a ter mais direitos do que o primeiro (só para nos entendermos sobre a importância do princípio da universalidade).
Sim, é verdade que o programa de Governo prevê um reforço no combate ao insucesso na Matemática. Mas sobre os programas demasiado longos e deliberadamente construídos para serem inacessíveis, sobre os currículos ultrapassados, a duração das aulas, os métodos de ensino, o modelo de avaliação obsoleto, o modelo de acesso ao ensino superior, nada diz.
No entanto, ninguém acredita que o Governo não tenha a sua opinião sobre a maioria destas perguntas. Preocupante é o contraste entre o silêncio sobre esta e outras questões e o ruído provocado por uma ligação perigosa: o pretenso reforço da autonomia, referido mas muito mal explicado, associado a uma obsessão pela municipalização da escola pública. Tudo indica que qualquer reforma curricular ou do modelo de gestão será engolida por esse arrastão. Sobre isso não há riscos de spoiling, é mesmo mau sinal.

Deputada do Bloco de Esquerda

https://www.facebook.com/watch/?v=2596013087277817
https://dge.mec.pt/noticias/lancamento-do-documentario-outra-escola
https://www.ccb.pt/Default/pt/FabricaDasArtes/Programacao/Espetaculos?A=1735

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domingo, 27 de outubro de 2019

António Damásio

Episode 44: Antonio Damasio on Feelings, Thoughts, and the Evolution of Humanity



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António Damásio - no 360º da RTP3
As emoções no funcionamento do cérebro.
António Damásio alia, de forma admirável, o humanismo à ciência, a partir da ideia de que mente e corpo são inseparáveis. 
Tradicionalmente, os sentimentos são apontados como um dos traços distintivos mais importantes do ser humano. 
Damásio confirma esta ideia mas desmistifica-a: nenhuma inteligência artificial seria capaz de ?fabricar? sentimentos, apenas porque eles têm origem na organização do cérebro, a um nível muito profundo e complexo. 

PARTILHA DO CONHECIMENTO

Si no compartes el conocimiento, no sirve para nada. Michio Kaku


O conhecimento não serve para nada, se não o partilhas | michio kaku

22.10.19
Michio-Kaku-speaker-keynote-speech-conferencias-94
Com apenas oito anos, o físico teórico Michio Kaku decidiu que dedicaria a sua vida a concluir o trabalho inacabado de Einstein: a teoria de tudo. Com 16 anos, e para a admiração de seus pais, ele construiu um acelerador de partículas na garagem de sua casa. Precoce e visionário, esta experiência doméstica foi a sua carta para Harvard. 

O cientista americano é um dos fundadores da teoria das cordas, o principal candidato a oferecer a teoria unificada com a qual sonhou. "Acreditamos que isso explica a riqueza do universo, do Big Bang à criação das estrelas e do Sol, à criação dos seres humanos e, talvez, até do amor", diz ele.

Hoje, Michio Kaku ocupa a prestigiada cadeira Henry Semat de Física Teórica da Universidade de Nova York e é um dos disseminadores científicos mais populares do mundo. Ele está convencido de que "o conhecimento é democracia, fortalece" e argumenta que "estamos diante da nova revolução da física e não podemos deixar as pessoas para trás". A sua convicção é o germe de seu trabalho informativo. Ele colabora em vários programas de televisão e rádio nos quais, com linguagem clara e direta, converte os conceitos científicos mais densos em alimentos educativos para todos os públicos.

Ele também é autor de livros best-sellers como 'Hiperespaço', 'Física do impossível' ou 'O futuro de nossa mente'. O professor Kaku acredita que "os cientistas são inventores do futuro" e ousa prever como será o futuro: Internet em lentes de contato, engarrafamentos na lua ou roupas inteligentes para evitar ataques cardíacos. O seu futuro imaginado reside nos avanços da física, inteligência artificial e tecnologia. Ciência da não-ficção.

Referência: Si no compartes el conocimiento, no sirve para nada. (2019). BBVA Aprendemos juntos. Retrieved 22 October 2019, from https://aprendemosjuntos.elpais.com/especial/si-no-compartes-el-conocimiento-no-sirve-para-nada-michio-kaku/

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Associação Nacional de Escolas defende uma revisão do atual modelo de acesso ao ensino superior. Considera os exames “sobrevalorizados”.

43ªtertúlia - AFC - Como alterar a perceção na gestão e funcionamento das escolas?


Filinto Lima. “Nunca fui na cantiga das escolas do futuro. Prefiro uma mudança de mentalidade” 


21/10/2019 19:53
Associação Nacional de Escolas defende uma revisão do atual modelo de acesso ao ensino superior. Considera os exames  “sobrevalorizados”.
Revisão do atual modelo de acesso ao ensino superior, descentralização do ensino português, valorização e rejuvenescimento da profissão de professor. Mais investimento, uma revisão do sistema da plataforma para a contratação de docentes e apoios aos professores que são colocados longe da sua zona de residência. Na ressaca das eleições legislativas, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas traça as suas maiores preocupações para a nova legislatura e defende que é necessário acarinhar e proteger mais a profissão de professor, para que a docência não chegue a níveis irreversíveis, como noutros países europeus, e não haja volta a dar no crescente envelhecimento e falta de funcionários nas escolas. “É obrigação de todos nós tornar a profissão mais apetecível, sob pena de acontecer o mesmo que em França, onde já ninguém quer ser professor e os poucos que há têm condições mínimas”, avisa Filinto Lima.

Como vê a permanência do ministro Tiago Brandão Rodrigues à frente do Ministério da Educação?
Esta permanência é um sinal para nós, escolas e diretores, de que vai haver estabilidade. Estabilidade que há muito reclamamos, através de um pacto de educação que nunca foi feito. Normalmente quando entra um Governo de outra cor, muda tudo. Desta vez, isso não aconteceu e assim esperamos que haja essa estabilidade. O ministro é o mesmo, o partido também e, portanto, aquilo que apelamos há muito tempo em termos de estabilidade neste momento poderá ser uma certeza. Isto para o bem dos professores e das escolas, que muitas vezes veem as políticas educativas serem alteradas de quatro em quatro anos. Na minha opinião isso nem sempre é positivo.
Antes existia essa instabilidade?
Havia, porque sabemos que em Portugal reinava a alternância democrática. Quatro anos um Governo de esquerda, outros quatro anos a seguir um de direita e a seguir voltava o de esquerda. Havia essa instabilidade. É a democracia sim, mas o partido que vinha a seguir punha uma pedra naquilo que havia sido feito pelo seu antecessor e partia do zero. Na educação não se deve partir do zero, até porque muitas das políticas educativas têm que estar em vigor durante, pelo menos, oito anos, duas legislaturas, para se notar e terem efeito. Agora isso será possível, porque temos o mesmo partido à frente do Governo e o mesmo ministro à frente da Educação.
A FENPROF veio criticar a decisão de António Costa. É um sinal de turbulência para os próximos anos?
É claro que é preciso que esta estabilidade também seja sinal de paz. A FENPROF de facto não aceitou a recondução do ministro, mas, por exemplo, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aceitou muito bem e disse ser algo muito positivo a escolha de António Costa. É ele quem manda, faz a sua equipa e é natural que existam fações que não concordam. Agora nós, escolas, vemos isto como um início de estabilidade.
E essa divisão em fações não pode ser prejudicial?
Acho que se cada um de nós fizer o seu papel, as fações não farão a diferença e o caminho permanecerá na estabilidade. Estabilidade na progressão. Ou seja, há assuntos em que vamos, no bom sentido, tentar influenciar o ministro nestes próximos quatro anos para que os coloque na sua agenda política.
O que acha que pode mudar?
É bom dizer que sempre tivemos boas relações com este ministro. Nem sempre concordamos com algumas situações, mas sempre tivemos boas relações. Acho, e reforço, que a estabilidade vai ser a palavra-chave desta recondução. Não estou a prever nas politicas educativas implementadas por este Governo grandes mudanças, mas queria alterações em alguns dossiês. A qualidade da escola pública já é muito elevada, mas conseguimos elevar ainda mais.
Que marcas deixaram estes últimos quatro anos de legislatura no sistema educativo português?
Penso que as escolas agora têm mais autonomia pedagógica, o que é positivo. Gostaria que a nossa autonomia administrativa aumentasse. Ainda dependemos muito de Lisboa e aí a descentralização pode vir a ser muito importante. Uma marca negativa foi a não recuperação da totalidade do tempo de serviço dos professores. Criou muitas guerras e vai passar para este novo mandato. Gostaria que este problema fosse resolvido, tanto pelo Ministério da Educação como pelo Ministério das Finanças. O diálogo, penso que franco, que este ministro conseguiu ter com as associações também foi importante. A proximidade entre a tutela e os diretores escolares foi benéfica e espero que assim continue.
Que pastas deverão ser prioridade para este novo Governo?
Gostaria que viesse para a mesa de trabalho a estabilidade do corpo docente. O Ministério da Educação tem que abrir mais vagas para que o corpo docente não seja tão flutuante. De ano para ano ainda há muitos professores a mudar de escola, isto não é bom para a Educação. O rejuvenescimento do corpo docente também é importante, é preciso tornar esta profissão mais apetecível. Também o modelo de acesso ao ensino superior deve ser discutido. Temos que trazer para a agenda política a contratação de professores. O sistema que queremos é a plataforma? Ou queremos dar mais autonomia às escolas para contratar uma franja de professores? Não sei se é esse o caminho, se não é, mas gostaria que pelo menos isso fosse discutido.
O que pode ser feito quanto ao crescente envelhecimento do corpo docente?
Acho que devem ser feitas duas coisas. Por um lado, este Governo deve fazer tudo para que a profissão seja mais apetecível. Hoje em dia há poucos alunos que vão para a faculdade e que depois querem seguir a carreira de professor. Há mesmo faculdades que têm vagas desertas, nem sequer há candidatos. É obrigação de todos nós tornar a profissão mais apetecível, sob pena de acontecer o mesmo que em França, onde já ninguém quer ser professor e os poucos que há têm condições mínimas. Acho importante acarinhar a profissão. A segunda medida consiste em, a partir dos 60 anos de idade, os professores poderem cumprir o seu horário da escola, sem turmas, na chamada componente não letiva. Assim podem trabalhar em projetos para as escolas, ou outro tipo de ocupação que as escolas proporcionem facilmente aos professores que não têm turmas para lecionar.
Para além do envelhecimento, também a falta de funcionários tem sido uma questão problemática neste início de ano letivo, com várias escolas encerradas.
É justo dizer que este Governo que agora cessa funções fez chegar às escolas mais 2550 contratos. Sugiro que até ao final do concurso se perceba se os rácios estão ou não a ser cumpridos, para se perceber se há de facto funcionários em falta nas escolas ou não depois deste concurso. Acho necessário atualizar a portaria dos rácios, que tem uma fórmula que nos dá o número de funcionários a que temos direito, mas tem várias limitações, como é o caso da volumetria das escolas e os seus setores, ou os alunos com necessidades específicas que devem ser mais valorizados.
É necessário rever os currículos escolares? 
Os atuais parecem-me equilibrados e atenção que cada escola, de acordo com a sua autonomia, poderá escolher o seu currículo, adequando-o à sua realidade. Não sou muito defensor da mudança dos currículos ‘por dá cá aquela palha’. É importante ouvir as associações de professores e penso que foram ouvidas aquando da construção do currículo. Achando que são equilibrados e que tem muito a ver com a autonomia das escolas, penso que mudanças pontuais serão bem vindas. Mudanças estruturais já chega. Temos que ter um currículo que perdure no tempo, dando a tal estabilidade.
Há uma sobrevalorização dos exames nacionais na entrada para o ensino superior?
O atual modelo de acesso ao ensino superior é muito baseado na ponderação que dá aos resultados dos exames, que parecem os donos disto tudo. Isso faz com que os nossos alunos e professores, quando entram no secundário, sabem que vão ter que ter a média final para entrar na faculdade e portanto há uma pressão enorme do sistema. Isto torna o ensino secundário redutor. O ensino secundário atualmente é só para entrar na faculdade e não devia ser. Devia ser para preparar os jovens. Estamos todos, professores, pais e alunos, formatados para dar tudo no 12º ano. Isto é redutor. Defendemos a revisão do modelo de acesso ao ensino superior. Há outros critérios que podíamos ter em conta no acesso ao ensino superior, como acontece noutros países. É o caso da entrevista na América. Aqui é a média interna e aquela hora e meia do exame que pode decidir o futuro de um aluno. Temos de mudar o paradigma do modelo de acesso ao ensino superior e tornar menos redutor o ensino secundário.
Sente que há uma maior descredibilização do professor? 
O próprio Governo tem que dar indícios de acarinhar o professor. A palavra carinho deve marcar o mandato. Não digo que não o sejam agora, mas penso que os professores devem ser tratados com o carinho que lhes é devido. Isto tem que vir de cima, para que depois todos percebam que são profissionais que merecem ser respeitados e valorizados. Um dos assuntos da FENPROF em cima da mesa é a valorização e dignificação da carreira docente. Revejo-me nisso. Se isso acontecer as pessoas vão olhar para esta profissão com outros olhos, como acontecia no passado.
Quando se deu esse ponto de viragem?
Esse ponto de viragem já se deu há muitos anos. Há muitos anos que a profissão vem sendo desprezada. Dizem que já vem dos tempos da Maria Lurdes Rodrigues. Se calhar será. Não sei de quando especificamente, mas já foi há muitos anos e passou por Governos de esquerda e de direita. Todos têm culpa no cartório. Agora o Governo tem a obrigação de mostrar que quer valorizar estes profissionais.
O dinheiro tem sido canalizado para os pedidos mais mediáticos da educação?
O que queríamos era um investimento em certas áreas que achamos que merecem esse investimento. Gostaríamos que existisse um planeamento, feito em conjunto connosco, e que depois houvesse um investimento. É o exemplo dos computadores, que merecem esse investimento. Se for para à frente, serão gastos milhões, porque os computadores das escolas estão obsoletos. Para além disso, deve haver o investimento no rejuvenescimento do corpo docente.
O ensino português precisa de mais tecnologia ou novas mentalidades? 
Não vou muito na cantiga das escolas digitais nem nas escolas do futuro, apesar de saber que há escolas que se intitulam assim e têm bons resultados. Vou mais na cantiga da mudança das mentalidades de todos nós. Uma mudança de mentalidade que é difícil de conseguir é a valorização do teste. O teste é um item de avaliação, mas estamos todos formatados - pais, alunos e professores - para a hiperbolização do resultado de um teste que se faz normalmente. A mudança de mentalidades é muito mais importante do que ter escolas digitais ou escolas “xpto”. É esse trabalho que estamos a fazer todos os dias, que é difícil, mas que tem que ser feito.
E deveria haver um maior investimento na educação? Atualmente o PIB está fixado nos 5,1%
Acho que a Educação deve ter um investimento maior. Mário Centeno não foi tão amigo da Educação neste mandato que passou como foi de outros Ministérios. O ministro das Finanças terá que abrir os cordões à bolsa para tratar bem da Educação. Os professores têm que ser acarinhados. Terá que investir nos computadores das escolas que estão já obsoletos. É necessário um novo Plano Tecnológico Educativo. É fundamental haver um maior investimento na educação. O PS, tal como muitos partidos, elegeram a Educação como sua bandeira. Isso dá muitos votos. Agora, chegou a altura de mostrar que aquilo que estava no programa vai ser concretizado. A altura é esta, são quatro anos, é tempo suficiente para que se invista mais e melhor na nossa Educação. É importante investir, quer nos recursos humanos, quer nos recursos materiais. Há uma série de investimentos que, sendo programados , só irão beneficiar os alunos e a sua educação.
Como evitar situações de professores colocados muito longe de suas casas?
Isso vai sempre acontecer. Portugal é imenso, não é só Lisboa e Porto, há o interior, portanto vai sempre acontecer situações de professores que ficam longe de casa. Agora, o que eu aqui pedia era que o Ministério atribuísse um subsídio, como atribui a outros funcionários da administração pública, aos professores. Isso resolveria bastante o problema que está a acontecer nas escolas de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve. Não é por não haver professores, é por não haver condições de trabalho para esses professores. Temos excelentes professores contratados que neste momento já mereciam estar nos quadros das escolas, mas que a vida muda todos os anos. Daí ser necessária a estabilidade.
A flexibilização curricular significou uma mudança assim tão significativa no ensino português? 
Acho que o caminho é o correto. Houve mudança de mentalidades nessas escolas. A flexibilidade entrou muito bem no ensino básico e teve mais dificuldade em entrar nas escolas secundárias, porque este é um ensino redutor, visto que prepara os alunos para os resultados escolares. Contudo, penso que o caminho é pela flexibilidade. As escolas agarraram essa hipótese e estão a percorrer o seu caminho. As escolas que não quiseram abraçar a flexibilização também estão a ter resultados de sucesso, ou seja, a flexibilização curricular não é uma varinha de condão que resolve os problemas do insucesso nas escolas. Muitas escolas, aproveitaram este projeto da flexibilidade disponibilizado pelo Ministério e estão a ter muito sucesso na aplicação do mesmo e na sua autonomia. Obriga a que se saia da zona de conforto a que se estava confinado antigamente. 
A escola pública dá boa resposta aos alunos com necessidades especiais?
Acho que sim. Dentro das condições existentes, as escolas públicas dão uma resposta positiva aos alunos com as chamadas necessidades específicas. Acho é que a sociedade não dá essa resposta. Temos uma escola cada vez mais inclusiva, numa sociedade cada vez mais seletiva.
O estado a que se deixa chegar algumas escolas não contraria a mensagem de brio que se tenta passar aos alunos?
A escola atualmente tem melhores condições do que antigamente. As do parque escolar são exemplo disso, apesar de, na minha opinião, ter sido um exagero de dinheiro, daí serem tão criticadas. Esse dinheiro podia ter sido melhor repartido por outras escolas que também precisavam. Neste momento, centenas de escolas por todo o país estão a ser intervencionadas e requalificadas, ou já foram. O paradigma aqui também mudou. O dono da obra em vez de ser o Ministério ou o parque escolar, é a Câmara Municipal, o que a mim - e a qualquer diretor - agrada bastante. Claro que há escolas a precisar de obras, isso é o percurso a ser feito, mas penso que é justo dizer que houve a preocupação de melhorar as condições das escolas para os nossos professores e os nossos alunos. No entanto, este caminho é imparável, quando as escolas que estão agora a ser intervencionadas terminarem as obras, já outras necessitam de intervenção.
Têm dificuldades no dia a dia por falta de verbas?
O problema agora tem a ver com o orçamento que é disponibilizado às escolas. Os nossos orçamentos são curtos e não podem ser para pagar apenas as chamadas despesas essenciais. Penso que devemos ter dinheiro para fazer face a outro tipo de despesas. Os professores muitas vezes pedem materiais e devemos ser realistas no orçamento que é dado às escolas, tal como acreditar na boa gestão que do dinheiro público faz o diretor. É preciso tornar os orçamentos das escolas realistas e que não deem só para pagar as chamadas despesas essenciais. Temos que ir mais além. Não peço dinheiro para comprar um pavilhão ou algo que se pareça, mas para comprar algum material que às vezes temos dificuldade em adquirir porque o orçamento não chega. 





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quarta-feira, 23 de outubro de 2019

6 maneiras de aproveitar ao máximo os filmes em sala de aula




An illustration of a figure reading a book that is also a movie6 Ways to Make the Most of Classroom Movies
A Twitter thread on how to elicit real learning from movies draws over 150 teachers—and produces some fantastic ideas.
October 4, 2019                  Beppe Giacobbe / theiSpot
When I was a young high school English teacher, I always completed our reading of Romeo and Juliet with a viewing of Franco Zeffirelli’s charming version of the play.
I would stop every 15 or 20 minutes to ask questions about the director’s choices. “Why might a scene or a few lines of text have been redacted? Did this or that character look or sound like you imagined?” That stop-and-start approach is a widely used strategy, according to a recent Twitter thread among teachers on best practices for integrating movies into the classroom.

Question for my fellow teachers! I want my kids to be “doing something” while I show a movie. What can I have kids “do” besides a traditional movie guide? (We are reading The Glass Castle and I just bought the movie to show them). @teacher2teacher @edutopia
But like many of the 150-plus teachers who participated in the discussion, I came to feel that the constant disruptions were robbing my students of a good viewing experience, and the pauses didn’t seem to drive a lot of productive dialogue. No it wasn’t until, in a misguided effort to speed through a brief bit of nudity in Zeffirelli’s film, I fumbled and hit the pause button—and then couldn’t get the film started again—that I finally landed upon the right strategy to drive real engagement.
Unfortunately, that’s not a very replicable piece of advice. And it’s very, very difficult to get the class to settle down again.
Many experienced teachers in the thread did feel that students should be able to just watch the film: “Do they have to ‘do something’?” asked Maire from New Jersey. “Sometimes we think we have to fill everything with work, but watching the movie and enjoying it is OK too.” Let them eat popcorn and enjoy themselves, a few others chimed in.
While periodic interruptions to invite discussion might well meet your objectives—one technique even allows for continuous dialogue in real time—teachers suggested a much broader range of powerful before- and after-viewing strategies for learning from classroom movies. We’ve selected a few of the best.
1. PREP WORK AND PREDICTIONS
If you’re thinking of letting students watch a movie without a lot of interruptions, some prep work makes sense. Ask students what they’re eager to see in the movie version, suggested Laura Bradley, garnering 30 likes from other teachers, or have them offer “predictions about how certain characters or scenes might be portrayed—that way they’ll be anticipating and watching for them.”
Asking students to predict how the movie version of a book will handle critical scenes or characters gets them to think about the mechanics of compelling plots—the gears that make stories fascinating.
Be sure to cross-examine their reasons, says Kirsten Dirks, because “having students explain how/why they think the way they do stretches their thinking” and pushes them to consider alternatives.
Parte inferior do formulário
2. BETTER WAYS TO COMPARE AND CONTRAST
For students who read the book and subsequently watch the movie version, dozens of teachers suggested compare and contrast activities—asking students to confront challenging questions of format (visual versus written), narrative arc (how changes in plot affect the other elements of the story), and duration (what scenes can be sacrificed to satisfy time constraints).
A winning tactic for compare and contrast exercises: Dozens of teachers use Venn diagrams, often paired with Post-its: “For The Lion, the Witch, and the Wardrobe,” said Cynthia Blanco, “I put up a giant Venn diagram on the wall and gave kids sticky notes to write their similarities and differences. They enjoyed this. Plus, it got them moving.”
Follow-on activities like group discussions about why the director made the adjustments—and how they changed the story—were popular. Several teachers said that the “which is better, the book or the movie?” prompt provided good, enriching fodder for debates and group or pair discussions.
3. MAKE CONNECTIONS TO LIFE
Inevitably kids, like adults, project themselves into the movies they watch. Teachers can drive deeper engagement, reflection, and comprehension by tapping into this natural tendency: “I love using connection prompts (text, self, world) with movies,” said Aaron Tarbell, drawing strong agreement from other teachers. Doing so “always starts good discussions that are led by what the students pick up on, not what I tell them is important.” Discussions can come at intervals during the movie, or in after-viewing activities like Socratic circles or fishbowls.
A one-pager example from Jill Yamasawa Fletcher
Courtesy of Jill Yamasawa Fletcher
One of Hawai‘i teacher Jill Fletcher’s students used the one-pager format to delve into “The Little Mermaid.”
Dozens of educators also suggested sketchnotes as a way for students to create fun, multimedia reflections that capture scenes, quotes, or characters that inspired them. A few others offered one-pagers—a multimedia format that’s similar to sketchnotes and allows students to express their insights in a creative, free-flowing medium.
4. USE INTERACTIVE TECH
If you’re teaching in a 1:1 school or your students are allowed to bring in devices, tools like Google Classroom, Padlet, and Edpuzzle can enable interactive, whole-class discussions in real time, or allow teachers to pose questions and probe for comprehension in the classroom as the story unfolds.
“Edpuzzle now has a ‘Live’ feature where you watch video as a class and questions can be placed in the video and students answer on their own device,” wrote Sarah Simon, and a quick cross-check on Edpuzzle’s website confirms that.
5. ASSIGN CHARACTERS
Delving into complex questions of a character’s motivations, needs, and traits is a critical dimension of literacy—and movies are a great way to explore how characters are developed in fiction. Teachers in the Twitter thread suggested assigning students to watch one character closely while “noting aspects of [their] development,” as Mrs. Love put it, or trying to untangle the thinking behind a cascade of difficult decisions.
After tracing the arc of the assigned character, Teach2Think suggested, students can attempt to “express the character’s personality in sketches,” which can be short paragraphs or artworks annotated to explain the students’ artistic decisions. High school teacher Pete Senger added an unexpected twist to character analysis, suggesting that students might “write an obituary about the main character summarizing their life.”
6. HAVE STUDENTS CONSTRUCT AN ‘ANATOMY OF A SCENE’
Using the New York Times format as a model, said Susan Barber, have students create their own “anatomy of a scene”—and 18 other teachers quickly approved of the idea. Looking closely at the elements of a single scene, from voice-over to lighting, camera angles, and character development, pushes students to examine the finer points of visual storytelling.
You can have students mimic The New York Times faithfully using video-making tools popular among teachers, like Screencastify,  Adobe Spark, or Screencast-O-Matic, or ask students to create paper-and-pencil storyboards of a movie sequence, annotating their thinking as they go. If you’re looking for a tech tool to create storyboards, we’ve heard good things about Storyboard That.  
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An illustration of a figure reading a book that is also a movie6 maneiras de aproveitar ao máximo os filmes em sala de aula
Um tópico do Twitter sobre como obter aprendizado real de filmes atrai mais de 150 professores - e produz algumas idéias fantásticas.
Por Stephen Merrill
4 de outubro de 2019       Beppe Giacobbe / theiSpot
Uma ilustração de uma figura lendo um livro que também é um filme
Quando eu era um jovem professor de inglês do ensino médio, sempre concluí nossa leitura de Romeu e Julieta com uma visualização da encantadora versão de Franco Zeffirelli da peça.

Parava a cada 15 ou 20 minutos para fazer perguntas sobre as escolhas do diretor. “Por que uma cena ou algumas linhas de texto foram editadas? Esse ou aquele personagem parecia ou soou como você imaginou? ”Essa abordagem de parar e iniciar é uma estratégia amplamente usada, de acordo com um tópico recente do Twitter entre os professores sobre as melhores práticas para integrar filmes na sala de aula.

Sara Hornung@sarajeaniexo
Pergunta para os meus colegas professores! Quero que meus filhos estejam "fazendo alguma coisa" enquanto mostro um filme. O que posso ter filhos para fazer além de um guia de cinema tradicional? (Estamos lendo O Castelo de Vidro e acabei de comprar o filme para mostrá-los). @ professor2teacher @edutopia

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19:09 - 8/09/2019 · Charlotte, NC
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Mas, como muitos dos mais de 150 professores que participaram da discussão, percebi que as constantes interrupções estavam roubando meus alunos de uma boa experiência de visualização, e as pausas não pareciam gerar muito diálogo produtivo. Não foi só até que, em um esforço equivocado de acelerar um pouco de nudez no filme de Zeffirelli, eu me atrapalhei e apertei o botão de pausa - e depois não consegui iniciar o filme novamente - que finalmente consegui a estratégia certa. para impulsionar o envolvimento real.

Infelizmente, esse não é um conselho muito replicável. E é muito, muito difícil conseguir que a turma se acalme novamente.

Muitos professores experientes do segmento achavam que os alunos deveriam apenas assistir ao filme: "Eles precisam fazer alguma coisa?", Perguntou Maire, de Nova Jersey. “Às vezes achamos que precisamos preencher tudo com trabalho, mas assistir ao filme e apreciá-lo também é bom.” Deixe-os comer pipoca e se divertir, alguns outros entraram na conversa.

Embora interrupções periódicas para convidar discussões possam atender aos seus objetivos - uma técnica ainda permite o diálogo contínuo em tempo real - os professores sugeriram uma gama muito mais ampla de estratégias poderosas antes e depois da visualização para aprender com os filmes em sala de aula. Selecionamos alguns dos melhores.


1. PREP TRABALHO E PREDIÇÕES
Se você está pensando em deixar os alunos assistirem a um filme sem muitas interrupções, algum trabalho de preparação faz sentido. Pergunte aos alunos o que eles estão ansiosos para ver na versão cinematográfica, sugeriu Laura Bradley, recebendo 30 curtidas de outros professores, ou peça que eles ofereçam “previsões sobre como certos personagens ou cenas podem ser retratados - dessa forma eles estarão antecipando e assistindo. para eles."

Pedir aos alunos que prevejam como a versão cinematográfica de um livro lidará com cenas ou personagens críticos leva-os a pensar sobre a mecânica de enredos convincentes - as engrenagens que tornam as histórias fascinantes.

Certifique-se de examinar suas razões, diz Kirsten Dirks, porque "fazer com que os alunos expliquem como / por que pensam da maneira que pensam, amplia seu pensamento" e os leva a considerar alternativas.



2. MELHORES MANEIRAS DE COMPARAR E CONTRASTAR
Para os alunos que leem o livro e subsequentemente assistem à versão do filme, dezenas de professores sugerem atividades de comparação e contraste - pedindo aos alunos que enfrentem questões desafiadoras de formato (visual versus escrita), arco narrativo (como as mudanças na trama afetam os outros elementos da história) ) e duração (que cenas podem ser sacrificadas para satisfazer as restrições de tempo).

Uma tática vencedora para exercícios de comparação e contraste: dezenas de professores usam diagramas de Venn, geralmente combinados com Post-its: “Para o leão, a bruxa e o guarda-roupa”, disse Cynthia Blanco, “eu coloquei um diagrama gigante de Venn no parede e deu às crianças notas adesivas para escrever suas semelhanças e diferenças. Eles gostaram disso. Além disso, isso os levou a se mover.

As atividades subsequentes, como discussões em grupo, sobre por que o diretor fez os ajustes - e como eles mudaram a história - eram populares. Vários professores disseram que o prompt “o que é melhor, o livro ou o filme?” Forneceu boas e enriquecedoras forcas para debates e discussões em grupo ou em pares.

3. FAÇA CONEXÕES COM A VIDA
Inevitavelmente, crianças, como adultos, se projetam nos filmes que assistem. Os professores podem promover um envolvimento, reflexão e compreensão mais aprofundados ao explorar esta tendência natural: "Adoro usar avisos de conexão (texto, eu, mundo) com filmes", disse Aaron Tarbell, concordando fortemente com outros professores. Fazer isso “sempre inicia boas discussões que são conduzidas pelo que os alunos aprendem, e não o que eu digo que é importante.” As discussões podem ocorrer a intervalos durante o filme ou em atividades de visualização posterior, como círculos socráticos ou aquários.
 A one-pager example from Jill Yamasawa Fletcher
Cortesia de Jill Yamasawa Fletcher

Uma das alunas da professora havaiana Jill Fletcher usou o formato de um pager para se aprofundar em "A Pequena Sereia".
Dezenas de educadores também sugeriram notas de esboço como forma de os alunos criarem reflexões multimídia divertidas que capturam cenas, citações ou personagens que os inspiraram. Alguns outros ofereceram pagers únicos - um formato multimídia semelhante às notas de esboço e permite que os alunos expressem suas idéias em um meio criativo e de fluxo livre.

4. USE TECNOLOGIA INTERATIVA
Se você estiver ensinando em uma escola 1: 1 ou se seus alunos tiverem acesso a dispositivos, ferramentas como Google Classroom, Padlet e Edpuzzle podem ativar discussões interativas com toda a classe em tempo real ou permitir que os professores façam perguntas e investiguem para compreensão na sala de aula à medida que a história se desenrola.

"O Edpuzzle agora tem um recurso" Ao vivo ", onde você assiste o vídeo em uma aula e as perguntas podem ser colocadas no vídeo e os alunos respondem em seu próprio dispositivo", escreveu Sarah Simon, e uma rápida verificação cruzada no site da Edpuzzle confirma isso.

5. ATRIBUIR PERSONAGENS
Explorar questões complexas sobre as motivações, necessidades e traços de um personagem é uma dimensão crítica da alfabetização - e os filmes são uma ótima maneira de explorar como os personagens são desenvolvidos na ficção. Os professores do segmento do Twitter sugeriram designar os alunos para assistirem de perto um personagem enquanto “observam aspectos de seu desenvolvimento”, como a Sra. Love colocou, ou tentam desvendar o pensamento por trás de uma cascata de decisões difíceis.

Após traçar o arco do personagem designado, o Teach2Think sugeriu, os alunos podem tentar "expressar a personalidade do personagem em esboços", que podem ser parágrafos curtos ou obras de arte anotadas para explicar as decisões artísticas dos alunos. O professor do ensino médio Pete Senger acrescentou uma reviravolta inesperada na análise dos personagens, sugerindo que os alunos “escrevam um obituário sobre o personagem principal que resume sua vida”.

6. OS ALUNOS CONSTRUEM UMA 'ANATOMIA DE CENA'
Usando o formato do New York Times como modelo, disse Susan Barber, peça aos alunos que criem sua própria "anatomia de uma cena" - e 18 outros professores rapidamente aprovaram a ideia. Observar atentamente os elementos de uma única cena, da narração à iluminação, ângulos de câmera e desenvolvimento de personagens, leva os alunos a examinar os pontos mais delicados da narrativa visual.

Você pode pedir aos alunos que imitem fielmente o New York Times usando ferramentas de criação de vídeo populares entre os professores, como Screencastify, Adobe Spark ou Screencast-O-Matic, ou peça aos alunos que criem storyboards de papel e lápis de uma sequência de filmes, anotando suas pensando como eles vão. Se você está procurando uma ferramenta tecnológica para criar storyboards, ouvimos coisas boas sobre o Storyboard That.
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